25.2.12

Filme: E o Vento Levou

Oi gente! Acho que esse post vai ser um pouco longo. Mas eu espero que vocês o leiam todo e que quando terminarem, sigam minha dica.

Título original: Gonne with the Wind.
Lançamento: 1939(EUA)
Direção: Victor Fleming
Atores: Vivien Leigh, Clark Gable, Leslie Howard, Olivia de Havilland.
Duração: 233min
Gênero: Drama
Classificação: 5/5  


Em véspera de Oscar não há nada mais justo do que a dica ser de um filme que ganhou o prêmio em muitas categorias: E O Vento Levou.

O romance de Margaret Mitchell foi adaptado para as telas em 1939. Nele somos apresentados a Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), filha de um rico fazendeiro das Colônias do Sul dos EUA.

Antes da Guerra Civil Norte Americana, Scarlett era apenas um menina mimada, apaixonada pelo filho de um fazendeiro vizinho, Ashley Wilke (Leslie Howard). Este, no entanto, para tristeza quase eterna de Scarlett, fica noivo de outra mulher, Melanie Hamilton (Olivia de Havilland). 


Se Scarlett não chamava atenção de Ashley e não era vista por ele da forma como queria, o mesmo não acontecia com os outros rapazes da região. Um deles era Rhett Butler (Clark Gable), um homem de má reputação, que se apaixonou por ela logo na primeira vez que a viu. Além de Rhett, Charles Hamilton (Rand Brooks), irmão de Melanie, também era apaixonado por Scarlett, e esta acaba se casando com ele apenas para fazer ciúmes a Ashley. 


Após os casamentos, Charles e Ashley partem para lutar na Guerra Civil e pouco depois Charles é morto. Desta forma, Scarlett vai para Atlanta morar com Melanie e acaba servindo como enfermeira, cuidando dos feridos do Sul.

Ao voltar para sua casa, Scarlett encontra a sua mãe morta, seu pai louco e sua fortuna perdida. Para salvar a única coisa que ainda lhe restava, sua fazenda Tara, Scarlett toma uma decisão que fere pessoas muito próximas a ela e que, por muitos, foi vista como uma atitude egocêntrica.

A Scarlett que vimos ao inicio do filme já não existia mais durante a Guerra de Secessão. Devido à pobreza, à fome e ao sofrimento ela se tornou uma heroína de verdade, capaz de lutar com unhas e dentes por aquilo que mais julgava importante. Mesmo que às vezes tivesse que tomar atitudes que fossem machucar pessoas próximas a ela. Por vezes pensamos que Scarlett era egoísta, mas quem não é ao menos uma vez na vida? Ainda mais quando estamos prestes a perder aquilo que amamos?

Muitas vezes Scarlett precisa da ajuda de Rhett e ele acaba realizando seu sonho e se casa com ela, mesmo que ela tenha feito isso somente por interesse. Os dois têm uma filha juntos, Bonnie, que sempre teve mais atenção do pai. Rhett é outro personagem que sofre uma enorme mudança ao longo da estória: de cafajeste, se transforma em um pai atencioso e ótimo marido. É uma pena que Scarlett nunca tenha dado a ele o valor que merecia. Ao final do filme, Melanie morre, e finalmente o caminho fica livre para que Scarlett conquiste aquele que ela sempre acreditou que fosse o amor de sua vida. É aí que somos surpreendidos por um final brilhante.

Eu realmente me tornei fã de Scarlett. Sei que muitas pessoas a odeiam, mas ela passou por situações terríveis e cresceu como pessoa. Não acho que ela tenha merecido a vida infeliz que teve, não mesmo. Ela merecia ter sido mais feliz, ou melhor, ela merecia ter se dado conta de que poderia ser feliz um pouco antes. Depois de Morgana (ain, aquela fofa), Scarlett é minha heroína favorita. Rhett é o canalha encantador. Eu me apaixonei por ele, de verdade. Ainda mais quando ele virou bom–moço. rsrs

Eu chorei muito com o final, não acreditei que fosse o final, fiquei esperando por mais filme (quase 4 horas de duração e eu ainda queria mais). Não é que eu não tenha gostado do final, eu gostei muito, só acho que poderia ter acabado de outra forma. Sim, sou amante dos finais clichês.

Eu sei que esse filme é muito longo. Mas se não fosse tão bom, não teria sido tão premiado e nem tão comentado até hoje. Por isso, acho que vale muito a pena assistir. Se você não aguentar, pode ir dividindo em partes. Não precisa assistir tudo de uma vez, só precisa ASSISTIR!

Não vejo a hora de poder comprar aquele livro imeeeenso e maravilhoso!



P.S.: Fiquei muito triste quando soube que Vivien e Clark se odiavam. Por que meu Deus?!

P. S.2:Vivien é uma linda. Pessoas como ela (e como a Audrey) não deveriam morrer.

11.2.12

A Vida em Tons de Cinza - Ruta Sepetys


Título: A Vida em Tons de Cinza
Autor(a): Ruta Sepetys
ISBN: 9788480410167
Editora: Arqueiro
Páginas: 240
Classificação 5/5  
1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias. 


Estava tudo certo: quando completasse 16 anos, Lina Vilkas iria estudar artes na capital da Lituânia. Entretanto, não foi isso o que aconteceu. Em uma noite, Lina teve seus sonhos roubados pela NKVD.

Junto a milhares de outras, a família Vilkas é deportada de seu país com destino à Sibéria, onde seria obrigada a trabalhar dia e noite a troco de algumas cusparadas, agressões físicas e migalhas de pão.  Lá, lituanos, estonianos e letões foram presos e separados de seus parentes. Passaram fome e frio. Chegaram até a ser enterrados vivos para divertir os soviéticos. Viram pessoas queridas morrendo e morreram. 

No governo de Josef Stalin ninguém era poupado. Qualquer pessoa que fosse considerada uma ameaça para a União soviética poderia ser punida.


- "Ladrões e prostitutas" - sussurou Andrius. - É isso que está escrito.

Ladrões e prostitutas. Nossas mães estavam naquele vagão, assim como uma professora, uma bibliotecária, idosos e uma recém-nascida - ladrões e prostitutas. Jonas olhou para as palavras. Segurei sua mão, feliz por ele não saber ler russo. Desejei que ele tivesse ficado lá dentro.

No livro conhecemos personagens extremamente solidários, que amam sua pátria acima de tudo, e que nunca perderam as esperanças de reconquistar a liberdade de seu país. Mesmo com todos os problemas, o senso de humor quase nunca os faltava e muito menos a coragem.

Entretanto, é a coragem de Jonas Vilkas que se destaca. Apesar de ser apenas uma criança, Jonas poucas vezes aparentou ter medo e sempre estava pronto para ajudar a quem precisasse. Lina tinha uma forma diferente de escapar de tanto sofrimento: ela desenhava muito bem e era no papel que depositava todos os seus medos e anseios. 

Todos os personagens se tornaram muito especiais para mim. Até mesmo os mais ranzinzas. Mas tive carinho especialmente pelo pai de Lina e Jonas, Kostas, um homem sábio, equilibrado. Por Elena, a mãe, que sempre fez tudo que pode para proteger sua família e que abriu mão de possíveis privilégios em prol de seus amigos. E por Andrius, que várias vezes colocou sua vida em risco para que outras pessoas não morressem de fome e em quem Lina achou um motivo para seguir lutando.


-Olhe para mim - sussurrou Andrius, chegando mais perto -  Vou encontrar você - afirmou. - Basta que pense nisso. Pense em mim levando de volta seus desenhos. Imagine isso, porque estarei lá.

A narração ocorre em primeira pessoa, é feita por Lina. Durante o livro, Lina tem vários flashbacks, que ao final da estória a ajudam a entender o que aconteceu, por que ela e sua família tinham sido deportados.

Se eu tivesse que descrever o livro em apenas uma palavra ela seria ‘amor’. Pode parecer clichê, mas foi o amor que cada lituano sentia por sua pátria, família, por Deus e amigos que fez com que eles jamais desistissem de lutar por liberdade.

 A Vida em Tons de Cinza é muito mais que um livro de ficção. É um retrato, muito bem feito, da Europa e Ásia durante e após a Segunda Guerra Mundial. Por muitos anos pessoas como Lina e Jonas ansiaram pelo dia em que poderiam voltar para casa, quando todo o mundo descobriria como os soviéticos eram cruéis. Pelo dia em que ninguém mais tivesse que passar por todo o sofrimento que eles passaram.


Pode ser que o final tenha acontecido de forma rápida demais, mas pode ser também que eu só tenha achado isso porque não queria que a o livro acabasse. No mais, não tenho o que reclamar. A estória foi muito bem escrita. E se você ainda não leu, leia! Ruta desenvolveu um trabalho belíssimo, que merece ser reconhecido.

Agradeço à editora Arqueiro  por ter me cedido um livro tão bom e emocionante.

5.2.12

Neste mês #1





Oi gente!


Desde o inicio do ano, mais precisamente desde minha última compra, eu decidi que só voltaria a comprar livros quando tivesse lido metade do que está acumulado aqui em casa. Já faz quase um mês que eu não compro absolutamente nada e sinceramente, não tenho sentido a falta que eu achei que fosse sentir. É como quando eu parei de tomar refrigerante. Para evitar uma recaída, não tenho entrado no submarino e nem lido os e-mails de promoções que chegam para mim. Sociedade Secreta (o livro mais desejado por mim no momento) pode estar por 9,90 que eu não vou comprar! Estou decidida. Mas Lu, isso não significa que você não possa me dar, ok? 


Então, para facilitar minha vida eu decidi criar uma coluna aqui no blog, que na verdade será a minha meta. Mensalmente eu postarei aqui os livros que lerei. Mas como eu estou estudando e agora sou uma menina trabalhadora, só terei como meta mensal 4 livros. Em média, um por semana. Se eu ler mais, melhor ainda. 


Como eu já estou lendo um livro agora, colocarei neste primeiro post apenas mais 3.
1- Hex Hall

Há 3 anos, Sophie descobriu que não é uma menina como as outras. Ela é uma bruxa e, até agora, isso só lhe trouxe alguns... arranhões! Sua mãe fez tudo o que pôde para ajudar: leu o que conseguiu encontrar sobre bruxas, fadas e magia; procurando consultar o pai ausente de Sophie — um poderoso feiticeiro europeu — só quando necessário. Até que a menina atrai atenção além da conta depois de um feitiço de amor poderoso demais... E é seu pai que define a sentença: Sophie deve ir para Hex Hall, um reformatório afastado de tudo e de todos que está sempre de portas abertas para receber qualquer “prodígio” que saia da linha — ou seja, além de bruxas como Sophie, fadas, metamorfos etc. E a tendência de Sophie para encrencas não decepciona. Já no fim do primeiro dia, ela acumula problemas: três poderosas inimigas que mais parecem supermodelos, uma fantasma que cisma em persegui-la, uma paixonite idiota pelo feiticeiro mais charmoso da escola — e ele tem namorada, mas como Sophie poderia saber? Para piorar, sua companheira de quarto é a pessoa mais odiada do campus, e a única vampira entre os alunos... Sim, os sanguessugas não têm boa fama, e uma série de ataques a estudantes acaba fazendo da única amiga de Sophie a suspeita número um na mira do Conselho e da direção da escola. Isso não é tudo, e Sophie precisa se preparar. Uma antiga sociedade secreta determinada a destruir todos os prodígios, inclusive e principalmente ela, parece estar mais próxima do que nunca de Hex Hall. Sophie terá de descobrir, do que sua magia é capaz e, sobretudo, suas origens e quem ela é de verdade. 
 2- A vida em Tons de Cinza

1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias. 

3- A Guardiã da Minha Irmã
Concebida por meio de uma fertilização in vitro, Anna foi trazida ao mundo para ser uma combinação genética para a sua irmã mais velha, Kate, que sofre de leucemia promielocítica aguda. Aos 15 anos, Kate passa a sofrer de insuficiência renal. Anna sabe que se doar seu rim, ela terá uma vida limitada. Ciente de que terá de doar um de seus rins para sua irmã, Anna processa os pais para obter emancipação médica e direito sobre seu próprio corpo.



Tenho que confessar que o livro que estou mais ansiosa para ler é A Guardiã da Minha Irmã. Há muito tempo eu queria esse livro por dois motivos: por ter gostado muito do filme e por achar a Jodi uma ótima escritora. Mas tenho certeza que os outros dois também serão ótimos! :)

Espero que tenham gostado e que eu realmente cumpra essa meta! hehe
1.2.12

Trecho de Terça #1

Como o nome já sugere, essa postagem deve ser feita nas Terças- Feiras, e ela realmente foi feita em uma. Acontece que ontem eu estava sem internet, a fiz, mas não pude publicá-la. Por isso, se o dia for realmente mais importante que o conteúdo publicado, finjam que hoje é Terça, por favor. :)

TRECHO DE TERÇA (do inglês Teaser Tuesday) é um meme adaptado de blogs americanos, cujo objetivo é postar um trecho sem spoiler do livro que estou lendo no momento. 
Nunca disse a ninguém que tenho medo de avião. É que parece tão idiota! E, puxa, não é que eu tenha fobia nem nada. Não que eu não consiga entrar no avião. É que... se pudesse, só ficava na terra.

Antigamente eu não sentia medo. Mas nos últimos anos fui ficando cada vez mais nervosa. Sei que é totalmente irracional. Sei que milhares de pessoas andam de avião todo dia e é praticamente mais seguro do que ficar deitada na cama. A gente tem menos chance de sofrer um acidente aéreo do que... do que achar um homem em Londres, ou algo do tipo.

Mas mesmo assim. Simplesmente não gosto 
Enquanto decolávamos eu contei muito devagar, com os olhos fechados, e isso meio que deu certo. Mas fiquei sem fôlego mais ou menos o 350. Então fico só sentada, bebericando champanhe, lendo uma matéria na Cosmopolitan sobre “30 coisas para fazer antes de você fazer 30 anos”. Estou me esforçando um bocado para parecer uma alta executiva de marketing na classe executiva. Mas, ah, meu Deus. Cada sonzinho minúsculo me assusta; cada tremor me faz prender o fôlego.

Com um verniz externo de calma, pego o cartão plastificado de instruções e passo o olhar por elas. Saídas de emergência. Posição cabeça entre as pernas. Se for necessário colete salva-vidas, por favor ajude primeiro os idosos e as crianças. Ah, meu Deus...

Por que eu estou olhando isso? Em que vai me ajudar ficar olhando as imagens de pessoazinhas pulando no oceano com o avião explodindo atrás? Enfio as instruções de segurança rapidamente de volta na bolsa da poltrona e tomo um gole de champanhe. 


Algumas pessoas já tinham me dito que esse livro era muito é engraçado, e ele realmente é. Emma passa por cada coisa...

Eu sei que o certo é (além de postar em uma terça - feira) escolher um trecho só. No entanto, eu escolhi desses dois porque acho que eles se completam, neles Emma descreve tudo que eu sinto: Eu não tinha medo de avião (adorava viajar quando era criança), só comecei a sentir de uns tempos pra cá. Sei que é totalmente (ou quase totalmente) sem sentido, já que é um dos transportes mais seguros. Sempre fico contando ou repetindo frases que me acalmem ou me deixem com a mente fixada em outra coisa. Assusto-me com cada ruído. E o mais engraçado é que eu SEMPRE pego o cartão de instruções para ler, e depois fico mais apavorada ainda pensando no que eu faria. Isso não é nenhum pouco engraçado quando eu estou vivenciando, quando eu estou presa naquele treco a milhares de metros do chão.

Apesar de tudo, quando estava lendo os capítulos que narram a viagem de Emma, eu não contive o riso. Ri do meu próprio medo... vai entender! Agora, uma coisa é certa: se eu tivesse feito a viagem que ela fez, não teria chegado viva ao meu destino.

Espero que tenham gostado. Eu estou me divertindo muito com esse livro. Acho que farei posts como esse mais vezes. Mas prometo publicá-los em uma Terça – Feira - não -imaginária. O que acham?