31.3.12

Você tem Meia Hora - Camila Nascimento Silva


Título: Você Tem Meia Hora
Autor(a): Camila Nascimento Silva
ISBN: 9788576861294
Editora: Subtítulo
Páginas: 435
Classificação: 5/5 

Beatriz Felizardo é uma aeromoça carioca prestes a completar 30 anos. Melhor amiga de Mariana, filha de Jonas, que ama o que faz e o namorado que tem. Ou melhor, que tinha.

Em véspera de ano novo, Bia está saltitando de tanta felicidade: finalmente terá as férias que tanto planejou. Nada de aeroportos cheios, passageiros chatos, turbulências, muitos dias fora de casa... agora ela terá quase um mês para aproveitar ao lado do homem que ama e com quem mora, Arthur.
Porém, ao chegar em casa, Bia encontra Arthur arrumando suas coisas para ir embora, sozinho. Ele ainda a ama, só que de outro jeito. É então que, sem saber o porque da decisão do namorado, Bia entra em uma profunda depressão, e é com garrafas de vinho que ela passa suas terríveis férias.

Mariana, que nunca gostou de Arthur, acredita que Bia precisa mudar radicalmente sua vida. E é por isso que, ao descobrir que a companhia aérea onde as duas trabalham está oferecendo novas vagas de emprego na Europa, mais precisamente em Londres, Mari convence sua melhor amiga a enviar seu currículo em busca de uma nova vida, de um recomeço. Bem longe do Brasil e de Arthur.

Bia, é claro, é aprovada e se muda para Londres. Lá ela divide um apartamento com um amigo gay, Olly, que trabalha para grandes marcas de moda como maquiador. Fica amiga de Pá, uma modelo linda e divertida que já era amiga de Olly. E de quebra ganha um vizinho lindo, charmoso e super fofo!

Há muito eu queria ler o livro, desde que vi as primeiras resenhas, e quando surgiu a oportunidade de participar do Book Tour eu fiquei imensamente feliz. Comecei a leitura cheia de expectativas só que no inicio do livro eu empaquei. Não porque não estava gostando da estória, mas porque estava numa ressaca literária terrível, coisa que não combina com desilusão amorosa do personagem principal. Bia lamentava-se demais, e assim ficou durante muito tempo. Claro, ela é mulher e mulher rejeitada é uma coisa séria! Por saber isso, continuei a leitura. Ainda bem. Mal sabia eu quantas páginas maravilhosas vinham pela frente.

Demorei uma semana para ler as duzentas primeiras páginas e 1 dia para ler as duzentas últimas. Isso se deve pelo fato de que logo quando Bia chega à Londres, seu humor muda, suas lamentações somem e tudo fica lindo. Pá e Olly são super divertidos, e Bia também. Os diálogos entre eles me renderam grandes gargalhadas - aquelas do tipo em que sua mãe e as pessoas do cursinho te olham para ver se você está bem psicologicamente. Dyllan, o vizinho gato-charmoso-fofo me fez suspirar - oh Deus, que homem maravilhoso! Entrou para minha lista top personagens masculinos em uma disputa séria com Ian, Mr. Darcy, Etienne e Peeta.

Mari é a amiga dos sonhos de toda garota, aquela que está sempre disposta a ajudar e faz qualquer loucura para te ver bem. Jonas é um pai não muito presente, com quem Bia não tinha muito contato. É uma pena que ambos tenham se separado por um acontecimento ruim e só tenham se aproximado por outro tão ruim quanto.

Por ser escrito por uma brasileira, podemos identificar no livro várias situações de nosso cotidiano. Referências a elementos nacionais e expressões que só têm sentido aqui. O que fez com que os personagens se tornassem mais reais e mais próximos a mim.

Você Tem Meia Hora está longe dos chick-lits rasos que já li, e que não foram poucos. Ele, de um jeito hora divertido hora triste, me passou mensagens lindas e importantes. Com essa leitura aprendi que não importa sua idade, coisas boas sempre poderão acontecer na sua vida; aprendi também que não é porque não deu certo com uma pessoa que não pode mais dar certo com ninguém. E reforçou algo que eu já sabia: uma vida sempre é melhor e mais fácil se você tem amigos!

Sem dúvidas, este se tornou um de meus livros favoritos e foi doloroso ter que me despedir dele. Não vejo a hora de ter um, só meu, bonitinho na estante!

Obrigada Camila, mais uma vez, por ter me deixado participar do Book Tour e por ser tão atenciosa.

18.3.12

A Guardiã da Minha Irmã - Jodi Picoult


Título: A Guardiã da Minha Irmã
Autor(a): Jodi Picoult
ISBN: 9788576861294
Editora: Verus
Páginas: 433
Classificação: 5/5 


Quando pequena Anna Fitzgerald costumava se perguntar por que as pessoas decidiam ter filhos. Ela então acabou descobrindo que, na maioria dos casos, essas pessoas não decidiam, apenas acontecia da forma e no momento mais inesperado possível.

Bem, com Anna foi diferente. Ela não foi ‘um acidente’; foi uma das crianças mais esperadas e mais desejadas. Não porque seus pais queriam mais uma filha para aumentar a família e/ou para sentirem-se realizados; mas sim porque queriam salvar a vida de uma filha que já tinham, Kate, e que sofria de um tipo raro de leucemia.

Logo quando nasceu, Anna doou para sua irmã sangue de seu cordão umbilical. Aos cinco anos doou linfócitos. Depois medula óssea, granulócitos, células-tronco... Sempre que Kate voltava a apresentar sintomas de uma recaída, Anna tinha de doar uma parte de si. Ela não estava doente, mas se sentia como tal. Aos 13 anos, depois de ter passado por diversos processos médicos, Anna teria que doar um rim à Kate. É aí então que ela entra com um processo na justiça pedindo sua emancipação médica.

Algumas pessoas podem ver Anna como uma garota egoísta, que só queria um pouco de atenção para si. Tenho certeza que ela realmente queria um pouco mais de atenção, mas não foi esse o motivo que a fez tomar essa decisão. Anna sempre viveu em função de Kate; ela nasceu, somente, para salvar a vida de Kate. Nunca a negou nada, nenhuma parte de seu corpo; e também, seus pais nunca a perguntaram como ela se sentia sobre isso. Junto a Kate, Anna era quase invisível. Ao pedir emancipação, Anna não estava querendo prejudicar Kate, ela só queria ter a chance do tomar decisões sobre seu corpo, queria ter a chance de viver como uma pessoa normal.

- Você quer saber o que eu quero? Ser cobaia me deixa doente. Ninguém me pergunta o que eu acho de nada disso, e isso me deixa doente. Eu estou doente, mas nunca fico doente o suficiente para essa família, porra!

Sara me pareceu o tipo de mãe que faz tudo para salvar um filho. O problema é que ela conseguia enxergar somente o que era melhor para Kate. Esquecendo-se assim que suas decisões poderiam prejudicar Jesse, seu filho mais velho, e Anna, a quem ela sempre enxergou como um remédio precioso para a doença de Kate.
- Você já escolheu o nome?


Fico espantada ao me dar conta de que não escolhi. Embora eu esteja grávida de nove meses, embora eu tenha tido bastante tempo para sonhar, não parei para refletir sobre os detalhes dessa criança. Pensei nessa filha apenas em termos do que ela vai poder fazer pela filha que já tenho. Não admiti isso nem para Brian, que à noite deita a cabeça na minha enorme barriga esperando pelos chutes que anunciam a chegada do que ele acredita ser a primeira kicker mulher dos Patriots. Mas meus sonhos para ela são tão grandiosos quanto: salvar a vida da irmã.
Jesse era o típico filho problemático que fazia coisas erradas para tentar ganhar a atenção que nunca tivera. Mas que amava muito suas irmãs e que sempre estava pronto para ajudar, mesmo seus pais nunca tendo percebido isso. 

Olho para baixo e vejo uma mancha do tamanho de uma moeda na dobra do braço dele. Há uma igual do outro lado. Deve ser significativo o fato de que imediatamente penso em heroína e não em leucemia, como pensaria se visse isso em suas irmãs.


- O que é isso?

- Nada

- O que é?

- Não é da sua conta.

- É da minha conta, sim – eu digo, abaixando o braço dele. – É uma agulha?

Ele ergue a cabeça com ódio nos olhos.

- É mãe. Eu me injeto a cada três dias. Mas não estou injetando heroína, estou tirando sangue no terceiro andar desse hospital. –Jesse me encara. – Você nunca se perguntou quem mais estava doando plaquetas para a Kate?
Brian, o pai, talvez tenha se tornado meu personagem favorito. E com certeza era o mais sensato de todos. Ele amou seus filhos igualmente e estava disposto a fazer tudo para salvar a vida de Kate, desde que isso não prejudicasse um de seus outros filhos. Sempre foi atencioso com Anna, e o único percebia quando havia algo de errado com ela.

Kate, por sua vez, era uma boa garota. Sofria, e estava cansada disso, assim como todo mundo. Para ela, Anna era sua única amiga de verdade. E Kate também era a única amiga de Anna. Peguei-me várias vezes rindo de peças que as duas pregavam em outras pessoas.

Paralelo à estória dos Fitzgerald conhecemos o romance entre Júlia e Campbell, que namoram durante a adolescência, mas que acabaram se separando e só se reencontraram graças à Anna – já que ele era o seu advogado e Julia era sua a curadora ad litem.

Cada capítulo do livro é narrado por um personagem diferente. O que nos ajuda a entender as decisões de cada um deles. Fui cativada por todos, até mesmo por Sara. O livro é cheio de personagens, mas em nenhum momento achei que algum deles fosse desnecessário.

Eu já havia visto a adaptação desse livro para o cinema, Prova de Amor. No entanto, há mais personagens no livro e o final é bem diferente. Acho que prefiro o final do filme, mas se as coisas tinham que acontecer como aconteceram no livro, acho que não conseguiria pensar em algo melhor do que aquilo que a Jodi escreveu –se é que vocês me entendem. Só não me surpreendi tanto, porque fui procurar informações sobre o livro e acabei lendo um Spoiler terrível. Mas ainda assim, me emocionei muito.

Quando li pela primeira vez um livro da Jodi Picoult, O Pacto, eu não esperava nada dele e me surpreendi. Já quando comecei a ler A Guardiã da Minha Irmã, eu esperava muita coisa, e alcancei todas as minhas expectativas. Jodi é maravilhosa, se tornou uma de minhas autoras favoritas e, A Guardiã da Minha Irmã a melhor leitura do ano e um de meus livros favoritos! 





9.3.12

Neste mês #2


Neste Mês é uma coluna do Perdida na Estante onde eu postarei a minha meta de leitura para cada mês.


No mês passado eu consegui cumprir minha meta! Li A Vida em Tons de Cinza, Hex Hall e A Guardiã da Minha Irmã, além de O Segredo de Emma Corrigan – que eu já estava lendo quando fiz a postagem.
De todos, o que mais gostei foi A Guardiã da Minha Irmã. Um livro lindo e a autora é outra linda, a Jodi Picoult - dela não se pode esperar coisa ruim. Logo, logo sai resenha!

Em Março eu não tenho muita certeza do que vou ler, mas provavelmente os livros serão os seguintes:


1- Você Tem Meia Hora – Camila Nascimento Silva
Na noite de réveillon, Bia é abandonada por Arthur, o namorado de três anos com quem já morava há dois e pretendia se casar em um. À beira dos trinta, isso é uma tragédia, pois o que era para dar certo já tinha que ter dado e o que deu errado não dá mais tempo de consertar, ou seja se não se casar até os trinta, Bia estará condenada ao calabouço da solteirice, brigando pelo buquê nas festas de casamento e conhecendo homens que mentem a idade, o estado civil e a foto na internet. Mariana acha que a melhor amiga está exagerando, pois até um pé na bunda te empurra para frente. "Reiventar-se" é A palavra! Porém para isso, Bia precisa ir para o lugar onde todo mundo vai quando dá essas loucas. Londres. E concorrer à vaga de emprego mais disputada do século XXI. Mais será que uma mudança pode mesmo dar certo quando se leva na bagagem uma estória tão mal resolvida?
Esse livro é minha leitura atual, que por sinal estou gostando bastante. É um chick-lit, gênero que aos poucos está tomando espaço na minha estante e me conquistando.


2-  Antes que Eu Vá – Lauren Oliver 

 Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta — da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte — descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder. ... Em uma noite chuvosa de fevereiro, Sam é morta em um acidente de carro horrível. Mas em vez de se ver em um túnel de luz, ela acorda na sua própria cama, na manhã do mesmo dia. Forçada a viver com os mesmos eventos ela se esforça para alterar o resultado, mas acorda novamente no dia do acidente. O que se segue é a história de uma menina que ao longo dos dias, descobre através de insights desoladores, as conseqüências de cada ação dela. Uma menina que morreu jovem, mas no processo aprende a viver. E que se apaixona um pouco tarde demais.

Eu comecei a ler esse livro, mas parei. Confesso que não gostei muito do inicio e nenhum personagem me cativou até agora. Mas darei outra chance a ele e o lerei.



3-  Questões do Coração - Emily Giffin 

Tessa Russo é mãe de duas crianças e esposa de um renomado cirurgião pediatra. Apesar dos avisos de sua mãe, Tessa recentemente abriu mão de sua carreira pra se focar na família e na busca da felicidade doméstica. Ela parece destinada a viver uma boa vida. Valerie Anderson é advogada e mãe solteira de Charlie que tem apenas 6 anos e nunca conheceu o pai. Depois de muitas decepções, ela desistiu do amor - e até mesmo das amizades - acreditando que é sempre mais seguro não ter muitas expectativas. Embora as duas mulheres vivam no mesmo subúrbio de Boston, elas tem muito pouco em comum além do amor pelos filhos. Mas numa noite, um trágico acidente faz suas vidas se encontrarem de um jeito inesperado. Em uma história alternativa e com vários pontos de vista, Emily Giffin nos emociona com um livro luminoso em que boas pessoas são pegas em circunstâncias insustentáveis. Cada um sendo testado de maneiras que nunca pensaram ser possível. E cada um deles descobrindo o que realmente importa.
4- Fazendo Meu Filme - A Estreia de Fani - Paula Pimenta

Tudo muda na vida de Fani quando surge a oportunidade de fazer um intercâmbio e morar um ano em outro país. As reveladoras conversas por telefone ou MSN e os constantes bilhetinhos durante a aula passam a ter outro assunto: a viagem que se aproxima.
“Fazendo meu filme” nos apresenta o fascinante universo de uma menina cheia de expectativas, que vive a dúvida entre continuar sua rotina, com seus amigos, familiares, estudos e seu inesperado novo amor, ou se aventurar em um outro país e mergulhar num mundo cheio de novas possibilidades.

Estes dois últimos livros eu já tenho há algum tempo, mas ainda não li.  Eu os queria muito, mas quando finalmente os ganhei, perdi o interesse. Agora a vontade está voltando, e dessa vez não a deixarei ir. 


E vocês, já leram algum livro desses? O que acharam?







4.3.12

Hex Hall - Rachek Hawkins

Título: Hex Hall
Autor(a): Rachek Hawkins
ISBN: 9788501086075
Editora: Galera Record
Páginas: 303
Classificação: 4/5  
Há 3 anos, Sophie descobriu que não é uma menina como as outras. Ela é uma bruxa e, até agora, isso só lhe trouxe alguns… arranhões! Sua mãe fez tudo o que pôde para ajudar: leu o que conseguiu encontrar sobre bruxas, fadas e magia; procurando consultar o pai ausente de Sophie — um poderoso feiticeiro europeu — só quando necessário. Até que a menina atrai atenção além da conta depois de um feitiço de amor poderoso demais… E é seu pai que define a sentença: Sophie deve ir para Hex Hall, um reformatório afastado de tudo e de todos que está sempre de portas abertas para receber qualquer “prodígio” que saia da linha — ou seja, além de bruxas como Sophie, fadas, metamorfos etc. E a tendência de Sophie para encrencas não decepciona. Já no fim do primeiro dia, ela acumula problemas: três poderosas inimigas que mais parecem supermodelos, uma fantasma que cisma em persegui-la, uma paixonite idiota pelo feiticeiro mais charmoso da escola — e ele tem namorada, mas como Sophie poderia saber? Para piorar, sua companheira de quarto é a pessoa mais odiada do campus, e a única vampira entre os alunos… Sim, os sanguessugas não têm boa fama, e uma série de ataques a estudantes acaba fazendo da única amiga de Sophie a suspeita número um na mira do Conselho e da direção da escola. Isso não é tudo, e Sophie precisa se preparar. Uma antiga sociedade secreta determinada a destruir todos os prodígios, inclusive e principalmente ela, parece estar mais próxima do que nunca de Hex Hall. Sophie terá de descobrir, do que sua magia é capaz e, sobretudo, suas origens e quem ela é de verdade.

Ao longo de seus 16 anos Sophie já morou em vários lugares diferentes. Tudo isso por não ser uma garota como qualquer outra, por ser uma bruxa, e como ela viria a descobrir, uma das mais poderosas.

A estória começa quando Sophie tenta ajudar uma amiga a conquistar o cara de seus sonhos, só que de um jeito bem incomum, fazendo um feitiço. Como é de se esperar, Sophie, atrapalhada que só ela, acaba causando uma confusão na festa da escola. E, por isso, é enviada para um internato para prodígios (bruxos, metamorfos, fadas e outros seres cheios de magia), o Hecate Hall – ou Hex Hall.

Logo em seu primeiro dia na sua nova escola, Sophie conhece um garoto lindo – que tem namorada -, suas três inimigas e se torna amiga e companheira de quarto da única vampira - e garota mais odiada - de Hex Hall, Jenna, que além de tudo está sendo acusada de assassinato.

Eu estava com bastante vontade de ler esse livro, já que adoro estórias sobre bruxas e que tinham me dito que Hex Hall era super legal. Bem, como costuma acontecer quando temos expectativas altas, eu me decepcionei.

O início da estória é bem parado, não acontece nada de muuuito interessante durante as 120 primeiras páginas. Mas como a leitura era leve e nada cansativa, não perdi as esperanças e continuei lendo. Ainda bem, porque depois dessas paradíssimas 120 páginas as coisas só tendem a melhorar. Sophie descobre coisas sobre sua família, coisas que jamais poderia imaginar. Conhece uma nova ‘amiga’ e novos acontecimentos começam a assombrar a vida dos alunos.

O final, de tirar o fôlego, deixa uma brecha para o que vai acontecer no próximo livro. Fiquei boquiaberta com tudo o que aconteceu e, finalmente, acreditei que a leitura valeu à pena.

O livro é narrado em primeira pessoa. Eu não costumo gostar desse tipo de narrativa, pois geralmente acho que a protagonista acaba ficando enjoada e cheia de lamentações. Mas não foi isso que aconteceu com Sophie. Poucas vezes ela se lamentou, na maior parte do livro foi muito espirituosa.

Além de Sophie, os outros personagens são adoráveis. Principalmente Jenna – apesar de ser meio dramática - e Acher – apesar de não ter deixado claro quais eram suas intenções ainda nesse livro -, que carregam o dom da ironia consigo.  

Hex Hall não é a maravilha que eu imaginei que fosse, mas é um livro bom. É engraçado, leve, com muita magia e um toque de romance. É uma leitura que flui, indicada àqueles que estão cansados de livros cheios de drama, pesados demais. Provavelmente, será/foi melhor ainda para aqueles que lerão/leram sem tantas expectativas.